segunda-feira, 8 de junho de 2009

A Tirania do Jornalismo-Mercadoria





"O que há de mais terrível na comunicação é o inconsciente da comunicação."

Essa frase, de Pierre Boudieu, aparece no livro de Ignacio Ramonet, A Tirania da Comunicação,
que tem como principal objetivo enfatizar as novas mudanças na comunicação, por meios tecnológicos e digitais, e mostrar como a informação é uma mercadoria; "...a multimídia e a Internet criam uma ruptura que poderia acabar revolucionando o campo da comunicação e talvez até o campo da economia".

Ramonet destaca o fato de muitas notícias consideradas falsas ou sensacionalistas serem consequência da necessidade de venda como produto, competindo sempre com a concorrência. Tendo como base um meio de gerar lucros, o jornalismo se tranforma em um veículo comunicativo audiovisual, vendendo ao público-alvo a ideia de que a riqueza e veracidade das imagens, por seus recursos instantâneos, são tão importantes quanto os acontecimentos em si.
Para o autor, em breve chegará o dia em que a informação será inteiramente controlada por um grupo econômico, os chamados impérios da comunicação, com aceleradas fusões, aquisições e concentrações de empresas. A tendência é que os critérios de verdade desapareçam aos poucos, uma vez que a informação é tratada como mercadoria e esse compromisso não é tão rentável quanto a massificação e a informação instantânea.

É obrigação do jornalista não ser apenas aquele que repassa as informações que recebe, sem checagem, sem investigação. Recusar-se a vulgarizar a informação, com sensacionalismo e imagens forjadas. O que Gabriel Garcia Márquez disse deve ser um dogma para todos dos jornalistas: "A ética deve acompanhar sempre o jornalismo, como o zumbido acompanha o besouro". Em tempos em que o monopólio das informações é grande, fica cada vez mais difícil ser ético. Mas a beleza da profissão está na busca pela verdade.


Por Jaqueline Lima, Marília Barbosa e Marina Maciel


Fonte: A Tirania da Comunicação, de Ignacio Ramonet
Texto: "A Tecnologia não é inimiga", de Daniela Bertocchi

domingo, 7 de junho de 2009

Sexo na Mídia

O ano é 1951. A TV Tupi exibe na novela “Sua Vida me Pertence” o primeiro beijo da televisão brasileira. Para a época, foi um grande passo. E sem dúvida, nenhum dos telespectadores da telenovela imaginaria que atualmente, no horário nobre vê-se muito mais que um simples beijo.


Passaram-se 58 anos e muita coisa mudou. E isso só aconteceu porque a sociedade passou a pensar de uma maneira diferente. A forma de lidar com assuntos como sexo evoluiu no decorrer desses anos drasticamente.


A sexualidade é tratada de forma vulgar. Não há preocupação com limites de exposição do ato, nem horários para que isso aconteça. E toda essa liberdade que os meios têm hoje de expressá-la seria útil se fosse acompanhado da promoção da prevenção e do cuidado em relação as Doenças Sexualmente Transmissíveis, prevenção de gravidez na adolescência entre outros assuntos ligados ao tema.


Sexo na mídia vende! E negativamente, serve de estímulo para que adolescentes e crianças iniciem precocemente e sem preparo algum a vida sexual, sendo completamente influenciados pelo que acompanham na TV.


A maneira como o sexo é tratado na mídia é só um exemplo do poder que esse veículo tem de ditar tendências e comportamentos. É essa consciência que cada um de nós deve ter ao manipular um controle remoto.


Para entender como a sociedade vê o assunto, a equipe Terceira Visão saiu às ruas para colher opiniões de pessoas de todas as idades. Acompanhe o vídeo e deixe seu comentário :D



Por Aline Boueri e Hamilton Trindade
Revisão: Jaqueline Lima





Fontes: http://televisao.uol.com.br/ultimas-noticias/2008/07/18/ult4244u1194.jhtm