sexta-feira, 29 de maio de 2009

Chateaubriand é o cara!


Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, mais conhecido como Assis Chateaubriand ou simplesmente por Chatô, foi um dos homens mais influentes do Brasil nas décadas de 1940 e 1950. Nasceu no dia 4 de outubro de 1892, em Umbuzeiro, no estado da Paraíba, no dia de São Francisco de Assis. Gago, feio, raquítico, baixinho e analfabeto até os dez anos de idade, aprendeu a ler apenas quando começou sua paixão pelos jornais, que folheava todos os dias e só assim começou a praticar a leitura.

Começou a trabalhar com doze anos, mas depois de descobrir que a família Lundgren “mandava na imprensa pernambucana”, resolveu pedir-lhes emprego e acabou aceitando ser copeiro e mordomo na casa dos donos daquilo que seria conhecido depois como "Casas Pernambucanas", porém, queria mesmo era ser jornalista. Uma semana depois, já estava trabalhando na Gazeta do Norte, jornal recém criado, ali no final de 1906. Chateaubriand tinha apenas quatorze anos. Estudou no Ginásio Pernambucano, em Recife, e aos 15 anos entrou para a Faculdade de Direito, aonde viria a se tornar professor de Filosofia do Direito.

Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1915 e colaborou com o "Correio da Manhã". Em 1924, assumiu o diário O Jornal, que foi o ponto de partida para o complexo empresarial que iria formar, incluindo o Diário da Noite de São Paulo, o Estado de Minas, em Belo Horizonte, o Correio Braziliense, em 1960, na inauguração de Brasília.

Foi o "primeiro nordestino a voar de avião", como se referia quando diziam que era o segundo brasileiro a ter levantado vôo. Isso, porque conseguiu convencer o piloto de que só seria seguro voar com ele que pesava apenas 48 quilos.

Agia sempre com muita determinação e nem sempre com ética: chantageou empresas, publicou poesias de anunciantes e irritou inimigos. Sempre esteve próximo de pessoas influentes e poderosas, tais como: o conde Francisco Matarazzo, o empresário americano Percival Farquhar (responsável pela construção da ferrovia Madeira-Mamoré), os presidentes Getúlio Vargas e Juscelino Kubitchek, Julio de Mesquita Filho (O Estado de S.Paulo), e muitos outros.
Grande incentivador e apaixonado pela cultura criou o Museu de Arte de São Paulo (MASP) e conseguiu muitas doações e obras com seus “amigos”. Em 1957, foi eleito senador pelo Estado da Paraíba e posteriormente, pelo Estado do Maranhão, tendo renunciado ao mandato para assumir a embaixada do Brasil, no Reino Unido.

Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras e ocupou a cadeira deixada por Getúlio Vargas. O “Velho Capitão”, como também era chamado, foi vitimado, em 1960, por doença que o deixou tetraplégico, mas lhe preservou a consciência. Continuou a escrever seu artigo diário graças a um mecanismo adaptado a uma máquina de escrever.

Com o tempo, Chateaubriand foi se interessando mais por outros meios de comunicação além dos jornais; rádio e televisão agora fazem parte de sua vida. Pioneiro, colocou no ar a primeira emissora de televisão do país, a TV Tupi. Na década de 1960, porém, o maior império das telecomunicações no país, os Diários Associados, estava endividado.
Chateaubriand morreu em 4 de abril de 1968 e foi velado ao lado de duas pinturas: um cardeal de Velázquez e um nu de Renoir, simbolizando as três coisas que mais amou: o poder, a arte e as mulheres.



Por Jefferson Floriano


Fontes:
http://educacao.uol.com.br/biografias/http://fac.correioweb.com.br/fundaçãoassischateaubriand

MORAIS, Fernando. Chatô - O Rei do Brasil, Companhia das Letras. Companhia das Letras, 2001

Telecentro edição nº 3

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